Ansiedade normal ou patológica? Como diferenciar? Sintomas e tratamento.
A ansiedade é uma reação natural do corpo, derivada do medo, que tem como intuito prepará-lo para lutar ou fugir. Enquanto o medo é uma reação emocional ocasionada diante de uma ameaça real e percebida, ela é a antecipação de uma ameaça futura. É uma emoção que permitiu por décadas a sobrevivência da espécie humana, visto que mecanismos de luta e fuga eram extremamente necessários em um contexto em que o homem precisava lutar para adquirir alimento ou fugir para não ser esse alimento. Logo, a ansiedade não é somente ruim, pelo contrário, ela é necessária para a vida humana. É importante diferenciar quando a ansiedade é natural e quando ela se caracteriza como um transtorno da mesma. Para tal análise, leva-se em consideração 3 aspectos essenciais: frequência, intensidade e prejuízo. Ou seja, na ansiedade patológica o indivíduo encontra-se em constante estado de alerta, com preocupações extremas, exageradas e desproporcionais frente a qualquer situação do seu cotidiano, de modo que isso ocasiona prejuízo significativo na rotina e na qualidade de vida.
Quais são os sintomas?
Como já dito anteriormente, a ansiedade motiva a ação e compartilha de reações fisiológicas características do medo como sudorese, aceleração dos batimentos cardíacos, tensão muscular e falta de ar, assim como reações psicológicas como a preocupação excessiva, pensamento acelerado, ruminação, necessidade de controle, angústia e sensação de que está com os “nervos à flor da pele”. No nosso cotidiano, vivenciamos situações que nos causam ansiedade, como uma prova, um prazo apertado para entrega de um trabalho ou uma emergência de saúde, sendo natural a preocupação diante dessas experiências. Mas na ansiedade patológica, a pessoa se sente preocupada com qualquer fato da sua rotina, é como se a pessoa estivesse sempre “no limite”, desgastada física e emocionalmente e de forma mais intensa do que uma pessoa com boa saúde mental.
